Introdução: Tenho sempre como norma na minha criação, não administrar nenhum medicamento preventivo, nada. Sigo sempre a orientação de veterinários. Sempre primo pela saúde do plantel com muita higiene, água limpa e fresca, sol constantemente, alimentação seca, sementes livres de fungos e novas, adquirindo em lojas de total confiança e evitando ambientes úmidos e pouco ventilados, preferindo sempre os mais quentes e menos abafados.
ÁCARO VERMELHO: É parasita noturno, se protegendo e reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o dia. Seu ciclo de vida pode ser completado em uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6 meses, após a retirada das ave. A transmissão do problema se dá através de objetos "contaminados" como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros acessórios e pelo próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro. Eles causam incômodo noturno, quando vão se alimentar (sangue). A ave não dorme direito, se estressando e perdendo nutrientes para o parasita. Podem causar: diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição da postura nas fêmeas, diminuição da velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e diminuição de apetite. Dificilmente leva a morte. Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena das aves adquiridas, higiene de galpão, gaiolas e acessórios, tratamento preventivo de aves suspeitas, evitar que aves de torneio retornem diretamente ao plantel, pois podem estar portando o parasita, adquirida de outra ave comprometida.
Fonte: revista Passarinheiros e Cia, Dr. Luiz Alberto Shimaoka.
ÁCARO DE PERNA E FACE: (knemidocoptes) Causa sarna de bicos, penas, e pés. Vive sob as sob e pele da ave, em galerias, promovendo a coceira. A contaminação por este é multifatorial, sendo que as principais são: umidade ambiental baixa, hipovitaminose A (deficiência de vitamina A) , deficiências nutricionais. O ácaro após infectar uma ave, pode ficar até dois anos, em forma latente (dormente), sem levar o quadro clínico da doença. Causam lesões queretinizadas proliferativas (crostas) ao redor do bico, anus, pernas e pés. Geralmente as infecções crônicas (de longa data) levam a deformação de bicos e unhas. Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves, cuidados com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves deve ser bem ventilado e arejado, mas sem corrente de vento.
Fonte: revista Passarinheiros e cia, Dr. Luiz Alberto Shimaoka.
PIOLHO DE PENA: Causado por ácaro que se alimenta da própria pena , as cerdas ficarão com aspecto "roído", quebrado imperfeito e sem brilho. Dependendo da quantidade de ácaros, podem comprometer o vôo e retenção de temperatura ( pois as penas agem como protetor e isolante térmico) Alem do aspecto estético que fica prejudicado pela presença de penas imperfeitas. Profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves, cuidados com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves deve ser bem ventilado e arejado, mas sem corrente de vento.
Fonte: revista Passarinheiros e cia, Dr. Luiz Alberto Shimaoka.
ISOSPOROSE OU COCCIDIOSE: Agentes causadores: Isospora lacazei e outras espécies do mesmo gênero. É um micróbio semelhante ao que causa as eimerioses. O reconhecimento só é feito pelo exame microscópico na fase adulta. O micróbio é expelido pelas fezes e, ao atingir a faze adulta no chão, pode infectar os pássaros pelo ar, através da comida e da água. Os pássaros adultos podem ser portadores da isosporose sem apresentarem os sintomas da doença, porém as fezes contaminadas podem atingir outros pássaros ou os próprios filhotes. A infecção se agrava nos filhotes por serem mais sensíveis. Sintomas: Os pássaros ficam tristes, arrepiados, sem forças para voar, mesmo que deles nos aproximemos. As fezes se tornam moles e as vezes sanguinolentas. Os olhos ficam com as pálpebras semicerradas, um pouco inchadas, e, às vezes, purgando. A autópsia revela intestino inflamado, com parede avermelhada,e , às vezes, com sangue. Manchas esbranquiçadas podem estar espalhadas pela parede intestinal. Controle da doença: Muita higiene, evitar umidade. Medicamentos indicados: Vitasol Coccidex, usar por no mínimo 5 dias, ou até o desaparecimento dos sintoma, ou medicamentos a base de sulfa. Profilaxia: Limpeza diária das gaiolas. Evitar que pardais e outros pássaros comuns em liberdade sujem as gaiolas ou a comida.
MALÁRIA OU PLASMODIOSE: É transmitida por mosquito. Agente causador Plasmodium praecox (existem outras espécies do mesmo gênero). A malária dos pássaros é produzida por agentes muito parecidos com a do homem, mas não há contaminação, nem de um nem de outro. Sintomas: A ave fica arrepiada, febril, não se alimenta, os olhos ficam semicerrados e ela, freqüentemente, tem dificuldade de respirar. (a toxiplasmose possui sintomas semelhantes.) Controle da doença: Em aves já doentes deve-se ministrar cloridrato de quinina, na dosagem de 1,5 miligrama ao dia. Prepara-se uma solução de 2% e dá-se, em duas vezes, cinco gotas por vez.
Fonte: Como criar curiós e bicudos com sucesso - José Mitidieri
COLIBACIOLIOSE: É de difícil diagnóstico em vida. somente um exame feito na autópsia pode detectá-lo. Pode ser confundida com cólera, quando o pássaro morre em pouco tempo. Controle da doença: higiene das instalações e imediata remoção do pássaro doente.
Fonte: Como criar curiós e bicudos com sucesso - José Mitidieri
PARATIFO: Agente causador: Salmonella typhimurium (podem ocorrer outras espécies, excluindo-se a S. pullorum e a S. gallinarum). Sintomas: Os pássaros ficam "encorujados" e apresentam fezes sanguinolentas. A doença é fatal, na maioria dos casos. Controle da doença: Eliminar o pássaro doente e desinfetar muito bem o local. Fonte: Como criar curiós e bicudos com sucesso - José Mitidieri.
CÓLERA: Agente causador: Pasteurella avicida Sintomas: Os pássaros ficam enfraquecidos, as fezes ficam muito moles, sanguinolentas de de coloração amarelada. A autópsia revela coração com secreção líquida turvas e sinais de sangue, pulmões vermelhos, intestinos também vermelhos e sanguinolentos, fígado com lesões de cor acinzentada. A doença se propaga pelas secreções produzidas na boca e nariz. Controle da doença. Usar medicamento a base de Sulfa (sulfatiazol, sulfametazina etc.) Medicamentos modernos indicados: Neo-sulmetina SM, que é uma associação de sulfaquinoxalina e neomicina. Põem-se dez gotas no bebedouro durante três dias. Descansa-se dois dias e repete-se o tratamento. Avemetasina, que é uma associação de sulfaquinoxalina e sulfametasina. É preparada com 2,5 ml do para um litro de água. Adiciona-se uma colherinha de café de bicarbonato de sódio. Existem outros medicamentos como o Statyl, Averol, Tique-Taque, Averex, Avitrin antibiótico etc.
Fonte: Como criar curiós e bicudos com sucesso - José Mitidieri.
CORIZA: Agente causador: Hemophilus gallinarum (forma aguda). Corpusculo cocobaciliforme ( forma lenta). As duas vêm associadas. Sintomas: Secreção aquosa nos olhos e narinas. Com a evolução da doença, as narinas ficam completamente obstruídas. Os olhos, em virtude da infecção,ficam inflamados e a ave perde a visão. Ocorrência: Em locais sujeitos a ventos frios e lugares úmidos. Controle da doença: É recomendado somente no início. Usar Argirol a 10% para pingar nos olhos. Misturar na comida Sulfatiazol a 1% durante cindo dias. Fonte: Como criar curiós e bicudos com sucesso - José Mitidieri.
ASPERGILOSE: Agente causador: Aspergillus fumigatus (e diversos fungos do mesmo gênero). Há possibilidade de serem infectados as vias respiratórias, os olhos e a pele. Sintomas: Quando a infecção se dá nas vias respiratórias ( pulmão), o pássaro respira mal, emagrece e morre. Controle da doença: O tratamento consiste somente na prevenção. Evitar alimentos estragados e mofados e a umidade. Quando a infecção ocorre nos olhos, percebe-se que estes ficam irritados e lacrimejantes. A aspergilose não deve ser confundida com coriza e a difteria. A infecção cutânea provoca perda das penas, que se quebram facilmente. Controle da doença: É feita com rigorosa higiene em locais bem arejados e ventilados.
Fonte: Como criar curiós e bicudos com sucesso - José Mitidieri.